Imagem cognitiva
This blog no longer intends to give to know the universe of the superior course of architecture at the artistic superior school of Oporto through the look of a student passionate about its course and especially the city where it is taken. now it's for fun
sexta-feira, julho 10, 2009
Investimento
Porto Vivo obtém 70 milhões para Morro da Sé e eixo Mouzinho/Flores
A Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Porto Vivo obteve do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IRHU) 70 milhões de euros destinados à reabilitação da zona do Morro da Sé e Mouzinho/Flores, anunciou hoje fonte daquele organismo
domingo, outubro 19, 2008
terça-feira, setembro 16, 2008
domingo, agosto 10, 2008
Raul Lino
A partir de 1893, foi estudar para duas escolas técnicas, em Hannouver, na Alemanha. Aí conheceu o Professor e Arquitecto Albrecht Haupt (que influenciou nítidamente o seu trabalho), com quem estabeleceu uma profunda relação, não só de amizade, mas também profissional. Albrecht Haupt era um conhecedor profundo e interessado pela arquitectura tradicional Portuguesa, o que fez com que Raul Lino, no período de dois anos em que trabalhou no seu atelier, recebesse de si todo o conhecimento e apreço sobre aquilo que viria ocupar toda a sua vida, conferindo-lhe um lastro cultural, que lhe permitiu ver claramente a especificidade da cultura portuguesa e ibérica, separando-a claramente dos aspectos negativos e dinâmicos, que atentamente apontou, e a que todas as sociedades em transição estão sujeitas no seu processo de evolução.
Nesta altura, na Alemanha iniciara-se a abordagem teórica da arquitectura em termos de espaço, que vai propor um modelo culturalista, pouco divulgado e ainda menos entendido, através de uma arquitectura de instauração dos seus próprios valores expressivos, em que a noção de espaço se encontrará sempre presente.
Será lugar comum considerar-se este arquitecto como o defensor do tradicionalismo na arquitectura e consequentemente rotula-lo como conservador, quando o progresso técnico pediria novas soluções formais, mas este procura uma síntese e apuro da arquitectura tradicional portuguesa em concordância com os valores espaciais e compositivos próprios de uma arquitectura dita moderna participando em acesas disputas com Ventura Terra e com a geração modernista sua contemporânea composta por uma imensa maioria de arquitectos formados em escolas francesas, por vezes até em simultâneo. Marques da Silva e Oliveira Ferreira, Ventura Terra … adquiriram uma formação e regressaram ao pais com ideias e influencias inovadoras, mas diferentes no seus sentidos e conceitos quando comparadas com a corrente emergente na Alemanha.
No entanto conforme refere Pedro Vieira de Almeida exige-se a distinção dos termos modernista e moderno sendo que sumariamente poderemos afirmar que o primeiro termo se refere a procura de aplicação de elemento de vanguarda enquanto que o termo moderno remete para uma avaliação num espaço-tempo relativos onde conste um abordagem progressista.
Outras influências houve que se revelaram significativas para a sua formação, uma viagem que fez a Marrocos em 1902, duas idas a Roma e outra a Moçambique em 1955, uma vez que ele dava extrema importância ao que via com "olhos de ver", o que lhe introduziu o gosto pela paisagem.
Os valores tradicionais e nacionais como o amor pela pátria tiveram grande influência e fizeram parte da formação de Raul Lino nos últimos anos do século XIX em geral, e principalmente em Portugal, onde a industrialização começou tarde. Lisboa crescia e muitas das novas zonas foram projectadas a partir dos princípios do design moderno vindo de Paris. Mas esses projectos não interessavam a Raul Lino.
São sobretudo os frutos das suas diversificadas experiências individuais de cada arquitecto, que vinham a reflectir-se no acto de projectar que interessam agora vincar para demonstrar como o facto de ter estudado em países de uma cultura diferente é importante no caso de Raul Lino.
O confronto com uma realidade diferente, com meios de produção, disponibilidade de matéria-prima e sua qualidade e tecnologias de utilização e sobretudo a relação com o meio.
Apanhando com o movimento arts and crafts emergente na época e no local, com o ensino vocacionado para uma nova exploração das capacidades técnicas e plásticas dos materiais artesanais pode aliar-se ao seu gosto por este tipo de arte e a sua aplicação não só à construção como também ao mobiliário, à cerâmica, às artes gráficas, etc...
Assim, quando volta a Portugal, com 18 anos, traz consigo uma força inesgotável de nacionalismo e uma imensa vontade de defender, uma arquitectura tipicamente Portuguesa. Norteado pelas filosofias e linguagens da Arte Nova, do Romantismo Alemão e de um “Domestic Revival”, todo o seu trabalho, procurou enfatizar a “Casa Portuguesa”, através da busca dos valores tradicionais nacionais.
Para se aproximar o mais possível deste objectivo, utilizava nas suas obras materiais por ele criados, como azulejos vidrados, vitrais, telhas, vinhetas e mobiliário como na Casa Rústica em Trás-os-Montes, caracteristicamente português.
Desta maneira, ele proclamou de uma forma (não só) teorizante, os seguintes princípios que se deveriam aplicar, na chamada “Casa Portuguesa”: Emprego do alpendre; utilização do beiral à Portuguesa; utilização de cantaria nos remates dos vãos; emprego de azulejos; uma forte relação luz/sombra; harmonia na disposição dos espaços; inova nos espaços polivalentes, pensa nas
condições do uso e uma importante relação com a natureza.
.
São estas as influências de Raul Lino que o preparam para a viagem do século, nomeadamente para o romantismo, que gerou os movimentos das várias "artes novas" e que preparavam o movimento Moderno.
As suas casas têm muitos aspectos que consideramos modernos, enquanto que Le Corbusier tem uma vertente diferente do modernismo no sentido dos seus cinco princípios, Raul Lino contraria essas orientações, criticando a arquitectura moderna, como uma arquitectura de papel, perdendo a verdadeira dimensão da arquitectura, a espessura das paredes, a polivalência dos espaços, o percurso, a surpresa que podemos verificar na sua arquitectura.
Com a sua ironia nos seus escritos não deixa de criticar (até de uma forma exaustiva) «novo estilo modernista» caracterizando a Arquitectura como uma Arte estática, sem alma, prevalecendo o tecnicismo que só deveria estar nas máquinas, enquanto que ele defendia:
“A arquitectura rege-se sempre por leis do equilíbrio estável amenizador por vezes pela sugestão de um sistema vegetativo.”
“...é justamente o amor, um certo amor que torna a Arte e a Natureza afins entre si. Pode-se amar uma paisagem, uma árvore com o mesmo amor com que se ama uma obra de Arte ou uma antiguidade, pode-se amar as flores do campo ou do jardim, de mistura com as estátuas ou os monumentos; mas não se pode amar uma chave inglesa ou um martelo pilão” Raul Lino
Segundo Raul Lino, na sua obra literária “Casas Portuguesas”:
“...não compliquemos o problema da habitação pelo respeito de certas convenções que em nada nos ajudam a viver; cuidemos antes de facilitar a realização de um sonho que continua a ser muito humano e que, pelo caminho que a vida vai a tomar, cada vez mais se justifica – o sonho de uma moradia própria, independente, ajeitada à nossa feição e adereçada ao nosso gosto; reduto da nossa intimidade, último refúgio do indivíduo contra a investida de todas as aberrações do colectivismo. Que a casa seja reino para uns, simples ninhos para outros, palácio, baluarte, ou choupana – façamo-la verdadeiramente nossa, reflexo da nossa alma, moldura da vida que nos é destinada.”
Através dos livros e textos publicados, Raul Lino, quase de uma forma pedagógica, ensinava como se poderia viver numa casa. Transmitia as directrizes para um correcto modo de habitar em harmonia com a arquitectura e com a natureza.
A sua paixão pela natureza teve grande influência na sua atitude moral e profissional. Raul Lino dava uma grande importância ao diálogo entre a arquitectura, ou seja, o edifício em si, e a localização geográfica da sua obra, ou seja, o ambiente natural.
Raul Lino foi uma personagem romântica mas com princípios clássicos (proporção e equilíbrio) mas submetendo ao romantismo.
Na proporção não é a aplicação da razão de ouro, mas sim na aplicação dos espaços de uso. O equilíbrio não era na aplicação do baixo/alto, mas sim na integração.
A centralização do fogo ou do pátio onde todos espaços se desenvolvem em função desse núcleo, normalmente em organizações em forma de “L“ ou de “U”, ou seja, a procura da casa portuguesa que pesquisa desde 1900, tipologias domesticas, estruturantes.
Aplicando o conceito de pátio e utilizando os materiais do sul, de tradição islâmica, tenta articular essa tradição modernizada, com implantações pré organicistas, nos terrenos ideais do Estoril e de Sintra.
A viagem a Marrocos (1902) vem marcar Lino nos seus primeiros trabalhos destacam-se quatro “casas Marroquinas”, de feições Alentejanas e Marroquinas _ A utilização do azulejo, a luz manipulada conduzindo no próprio espaço, relação constante do interior/exterior, a centralidade da casa com o fogo ou pátio. A planta não e uma soma de partes mas sim o conjunto, sendo esta mais importante que os alçados, estes são o resultado da organização interior.
A Casa do Cipreste (1912)
Em 1912 Raul Lino utilizando o espaço de uma antiga pedreira edificou a sua residência a Casa do Cipreste, é uma construção que se molda ao terreno, tirando partido das vistas para o Palácio Nacional de Sintra rodeado da exuberante vegetação sintrense. A sua sensibilidade durante algum tempo resistiu à utilização de luz eléctrica, como forma inadequada de iluminar os ambientes, pela crueza das cores e falta de poesia...
Implantada em terreno de acentuado declive, a casa possui dois corpos e é no interior que a racionalidade e a orgânica características da obra do arquitecto melhor se fazem sentir.
A organização de espaços é centralizada a partir de um vestíbulo, onde se encontra a escadaria que dá acesso aos pisos superiores. Nestes, a comunicação entre as principais dependências é feita através de dois corredores que seccionam os corpos.
No piso inferior, a hierarquia de compartimentos obedece a uma racionalização de espaços de conjunto, localizando-se a zona de serviços a Norte e a de maior importância social a Ocidente e Sudoeste, correspondendo às áreas anexas à fachada principal. Estas dependências são também as que detêm maior complexidade planimétrica, sendo a sala de jantar oval e a de estar octogonal, esta última com correspondência com outra sala do andar nobre. Neste piso, a diferenciação de funções está também bem marcada, encontrando-se a zona de maior privacidade voltada a Sul, precisamente para o jardim que circunda o edifício.
Ainda na posse da família do arquitecto, esta casa é o expoente máximo da Casa Portuguesa, onde as teorizações de Raul Lino foram levadas mais longe, apesar de denotar algumas diferenças para com o mais vasto conjunto de casas de habitação deste tipo. Organicidade da arquitectura, relação do espaço edificado com o jardim envolvente, integração de artes decorativas e aplicadas tradicionais, (influências germânica) são elementos comuns e imprescindíveis a este tipo de arquitectura, considerada inovadora pelo próprio Raul Lino
Esta obra é marcada por uma linha mais organicista, pela sua integração na natureza, uma relação forte do interior e o exterior, a importância dos percursos gerando de momentos de surpresa, pelo tratamento da luz natural.
Quanto aos materiais, existe uma rica e variada selecção, desde os mármores do chão aos azulejos por ele próprio pintados.
No tratamento da paisagem exterior utiliza dois tipos de jardim, um de tradição francesa e outro de tradição Inglesa.
Pode-se ver e ler na Arquitectura de Raul Lino, nos materiais que utilizou, nas formas diversas com que pretendia adaptar a construção ao lugar, procurando essa essência do topos, que faz do edificar um processo de harmonia com a Natureza envolvente.
A sua obra de imensa criatividade não pode ser confundida no tempo, é uma expressão da sua época, mas o seu pensamento é intemporal, pois as suas premissas também o eram. Por isso mesmo a sua pedagogia ainda hoje e sempre será de grande utilidade.
quarta-feira, julho 30, 2008
“Em que sentido difere a noção critica, da noção académica de “MODELO”, e que reflexo isso pode ter na ideia de uma responsabilidade profissional próp
Modelo: tudo o que seja passível de ser copiado; norma ; regra ; exemplo ; forma
A imagem cognitiva ou a noção generalizada de modelo sugere-nos os objectos reproduzidos, sejam pelo desenho ou fotografia, formulários em papel predefinidos por uma instituição (requerimentos ou fichas de inscrição) e também os manequins de moda (regra geral jovens de uma constituição física bela e esbelta). Estamos enfim habituados a usar modelos.
Quase todos os diferentes tipos de modelos estão hoje em dia padronizados, obedecem a um padrão, e esses servem para universalmente satisfazer um objectivo ou debelar um problema em concreto para o qual existe sempre um modo exemplar ou normativo de o resolver . Essa Noção de modelo que define uma regra, (amplamente aceite e instituída sem a susceptibilidade de critica) definimos como académica.
Porém, a consciência do facto de existirem modelos leva-nos a que para alem de os usarmos em muitas situações, os possamos estudar, o que pode e deve instigar à sua análise, experimentação e possível reinterpretação.
Tal como os designers, produtores de cinema e compositores, os Arquitectos também
trabalham a um nível de afectação social e económica cuja escala afecta ou influencia uma vasta população alvo.
O pensamento na arquitectura é global ou multi disciplinar e de certo modo assenta numa continuidade de sugestões que se diferenciam e assemelham em alguns aspectos assim deste modo Modelo na arquitectura não é simplesmente algo para ser imitado, mas para perceber a racionalidade do projecto.
E como tal existe a necessidade de entender muitos modelos em função de especificidades do projecto tais como trabalhar os efeitos de luz numa habitação, encontrar soluções de estrutura ou questões como a impermeabilização de um terreno e a nível mais conceptual o modo dinâmico como se desenvolvem os percursos num espaço. Desta compreensão critica de MODELOS o arquitecto procura nos seu projectos satisfazer tantos quantos os problemas que eventualmente possam advir.
quarta-feira, julho 23, 2008
FACHADA LATERAL DO ANTIGO HOSPITAL D. LOPO DE ALMEIDA
"Durante o Séc. XVI e seguintes foi considerado o melhor dos hospitais atendendo à regularidade dos serviços por ele prestados. Tal foi a importância deste que D Manuel I, em 1521 anexou-o à confraria de Nossa Senhora da Misericórdia, juntando-o aos outros dois já existentes na cidade, o de santa Clara na Rua dos Mercadores e o de Santo Ildefonso, perto de Santo Ildefonso. "
"Após a mote de D. Lopo de Almeida em 1584, com os avultados bens que deixou, visto tratar-se de um clérigo abastado ligado à Misericórdia, pediu que se reconstrui-se a albergaria do Rocamador tendo também sido substancialmente alargado pelo que permitiu que se construísse um novo hospital, ao lado da antiga albergaria e com frente para a Rua das Flores. Foi então que este se passou a chamar Hospital de D. Lopo em homenagem ao seu benemérito legador."
"Apesar de, durante dois séculos, este hospital desempenhar um importante papel na assistência dos Portuenses, o desenvolvimento da cidade e o seu contínuo crescimento populacional tornou-o insuficiente pelo que a Misericórdia decidiu construir um novo hospital, mais moderno e de maiores dimensões."